sábado, 26 de janeiro de 2013

LANÇAMENTO DO LIVRO DE FERNANDO LICHTI BARROS - "DO CALYPSO AO CHÁ-CHÁ-CHÁ " - Músicos em São Paulo na Década de 60










Autor de Casé – Como toca esse rapaz!, premiado pela Funarte em 2010, o músico e jornalista Fernando Lichti Barros apresenta em Do calypso ao cha-cha-chá – Músicos em São Paulo na década de 60 o resultado de uma nova pesquisa. 
No livro (Nova Ilusão, 144 páginas), o autor novamente inverte a perspectiva que habitualmente privilegia cantores e compositores. 
A partir de um recorte feito no ambiente dos instrumentistas, ele os traz para um plano de destaque.Tantas vezes omitidos em fichas técnicas de discos e shows durante uma das mais movimentadas fases da nossa música popular, em Do Calypso ao cha-cha-chá esses músicos se movem pelo agitado centro de São Paulo, entre bailes, inferninhos, estúdios, encontros e desencontros. 
Alegrias, dramas, momentos memoráveis que variam da liberdade criativa do jazz à tensão provocada pelo surgimento de novas tecnologias e direções tomadas pelo mercado.Adolar, Zé Bicão, Boneca, Bil, Chu Viana, Casé, Kuntz Naegele – dezenas desses músicos geniais são personagens da história. 
Dez ou vinte anos depois, outros tantos passariam a ser cultuados – Raul de Souza, Hermeto Pascoal, Airto Moreira, Cesar Mariano e Theo de Barros, por exemplo. 
Entre todos, um ponto em comum – o trabalho em orquestras, casas noturnas ou estúdios de gravadoras e emissoras de televisão. 
Ao término do livro, a certeza de que a importância deles deve ser sempre lembrada.  
E segue o baile!





Lançamento em Catanduva - SP - Cidade Natal do Escritor

Sábado, dia 1º de novembro, o músico e jornalista catanduvense Fernando Lichti Barros realizou o lançamento de seu novo livro ‘Do Calypso ao Chá-Chá-Chá- Músicos em São Paulo na Década de 60’. O local escolhido para o encontro foi o Bar da Alda, na Rua Rio Claro, que foi interditada para o evento. Na sombra das árvores do local, na calçada, na rua, ou embaixo das tendas montadas especialmente para a ocasião, os amigos que compareceram puderam se deliciar com os petiscos do bar, ao som do ‘Ars Nova’, do Quinteto de Metais ‘Interlúdio’ e do grupo improvisado com Rubinho, Tito, Boi e Zé Roberto.

Literatura
sábado, 1 de dezembro de 2012
Livro expõe cena musical paulistana nos anos 1960
Divulgação
Maestro Antônio Arruda, o “Cangaceiro”, personagem na obra
Um cenário musical em plena ebulição, que atraía instrumentistas de diferentes localidades, com a oportunidade de tocar em bailes, boates, inferninhos, estúdios de gravação e emissoras de televisão e rádio. Assim era a década de 1960 na capital paulista com o ápice das orquestras, época retratada pelo novo livro do músico e jornalista catanduvense Fernando Lichti Barros: “Do calypso ao cha-cha-chá - Músicos em São Paulo na década de 1960”.

Como fez em sua primeira obra, “Casé - Como toca esse rapaz!”, premiado pela Funarte em 2010, o autor inverte a perspectiva que habitualmente privilegia cantores e compositores e joga holofotes sobre o ambiente dos instrumentistas, que em geral permaneceram à sombra das grandes estrelas.
Adolar, Zé Bicão, Boneca, Bil, Chu Viana, Kuntz Naegele e o próprio Casé são alguns dos personagens que Barros resgata em seu segundo livro, além de outros nomes que mais tarde passariam a ser cultuados, como Raul de Souza, Hermeto Pascoal, Airto Moreira, Cesar Mariano e Theo de Barros.

A mesma abordagem o autor deu à pesquisa para reproduzir a trajetória do saxofonista Casé (José Ferreira Godinho Filho). Encontrado morto num hotel da Boca do Lixo paulistana, em 1978, o genial instrumentista morou em Catanduva em 1966 e, na década de 1970, viveu em Rio Preto. “O que eu acho curioso é que dessa vez não tem um protagonista: todos são protagonistas, são muitos personagens, que vão percorrendo a década”, fala Barros, que hoje faz o lançamento do livro em sua terra natal, ao meio-dia, no Bar da Alda.

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Luiz Loy, que tocava em “O Fino da Bossa”, com autor do livro



“Estou convidando músicos de Catanduva para darem uma canja neste sábado. Tomara que tudo acabe em baile.”Enquanto que para escrever o livro sobre Casé o autor levou seis anos de pesquisa, em “Do calypso ao chá-chá-chá” o processo durou um ano e meio. “Continuei em contato com os músicos dessa geração. Comecei a fazer entrevistas, sabia que ia fazer um segundo livro com esse mesmo tema.

Só que à certa altura achei que a coisa ia se perder, porque o negócio é muito amplo. Então resolvi fechar o foco na década de 1960, porque foi lá onde tudo aconteceu: Bossa Nova, Jovem Guarda, Tropicalismo, os famosos programas de TV, as orquestras tocando, os grandes bailes. Era um grande momento”, explica o jornalista.


No livro, os personagens se encontram no Ponto dos Músicos, que ficava na esquina das avenidas São João e Ipiranga. “Lá era uma espécie de escritório informal dos músicos. Quando alguém queria encontrar um amigo, procurar trabalho, era para lá que seguia.”








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Capa do livro “Do calypso ao cha-cha-chá”, de Fernando Barros, natural de Catanduva
Obra reúne várias histórias curiosas

Entre as cerca de 80 entrevistas e buscas em arquivos de jornais, Fernando Barros fala que acabou encontrando histórias curiosas. Uma delas envolve o grupo “Oliveira e Seus Black Boys”, criticado na época num jornal por tocar o hino nacional em ritmo de twist, durante uma brincadeira dançante em Santo André, caso que foi parar no antigo Departamento da Ordem Política e Social (Dops).

“Até que tudo se resolvesse foi um transtorno muito grande. Houve uma sindicância na ordem dos músicos e lá foi relatado que, na verdade, o guitarrista foi fazer um solo e fez uma citação de uma música americana”, explica o autor.

Entre as alegrias e dramas vividos pelos personagens, estão momentos que variam da liberdade criativa do jazz à tensão provocada pelo surgimento de novas tecnologias e direções tomadas pelo mercado. “Existiam grandes e maravilhosas orquestras, aí vem a tecnologia e grupos com quatro pessoas começam a fazer os bailes e a desestabilizar o mercado, mais adiante viria a música eletrônica, e os músicos foram perdendo espaço.

Também tinha uma ala muito fiel ao jazz e à Bossa Nova, até que a Jovem Guarda começa a se fortalecer, e essa ala acaba migrando para a Jovem Guarda.” Barros fala que muitos dos personagens que aparecem em seu livro são referência e continuam na ativa e em grande forma. Com base na pesquisa que resultou no livro, ele criou o projeto “Estamos Aí - Uma geração de grandes músicos”, encerrado na última quinta-feira, no Sesc Bom Retiro.

Durante um mês e meio, cerca de 40 instrumentistas tocaram e participaram de bate-papos. Entre os que passaram por lá estão Nestico (saxofonista que começou com The Jet Blacks, integrou o naipe de sopros de Roberto Carlos e se revelou jazzista), Luiz Loy (líder do quinteto que acompanhou Elis Regina e Jair Rodrigues no “Fino da Bossa”) e Nenê Benvenutti (baixista que tocou com “Os Incríveis”, Wilson Simonal e Elis Regina).

“Como no filme ‘A Rosa Púrpura do Cairo’, de Woody Allen, em que o personagem sai da tela, parece que os caras saíram do livro e foram tocar no Sesc”, compara o jornalista. Quem não for ao lançamento em Catanduva e quiser adquirir um exemplar encontra o livro à venda no endereço eletrônico: www.novailusao.com.br.

Serviço

Lançamento do livro “Do calypso ao cha-cha-chá – Músicos em São Paulo na década de 60”, de Fernando Lichti Barros, hoje, ao meio-dia, no Bar da Alda, na rua Rio Claro, 331, em Catanduva








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